Saturday, November 07, 2015

Acho. ..

Que  ele não gosta mais de mim.
As pessoas cansam. As pessoas se irritam. As pessoas desistem.
Várias vezes eu já desisti...

Friday, November 06, 2015

Pré FIV

Ontem era o dia para vir a menstrução e começar a nova FIV.. e ela não veio... fiquei médio, porque não havia nenhum sintoma desta vez, por isso eu não achei que pudesse estar grávida, apesar de ter feito tudo certinho nos dias importantes...

E também foi aniversário de casamento nosso. Cheguei do trabalho, tomei banho e resolvemos sair... somente comer uma pizza aqui perto. Antes de sair ganhei dois lindos berloques para a minha pulseira Life.

Foi gostoso na pizzaria, conversamos, contei que liguei para a médica, porque a menstruação não tinha vindo e que deveria esperar até amanhã, mas mesmo assim marcamos o utrassom para sábado e antes do ultrassom precisarei fazer exame de sangue, tudo agendadinho e contei que eu já havia tomado as providências e tudo estava acertado.

Voltamos para casa, e eu dei meu presente para ele, uma música que aprendi a tocar no violão (não dá para comparar, mas eu não sei mais o que comprar para ele, pesquisei, rodei o shopping, mas não tem algo que eu possa acertar, por isso desisti).

Depois... e depois fomos dormir, felizes por estes anos juntos, apaixonados...

Hoje a menstruação veio, confirmei o exame de amanhã e que ele não precisaria fazer exames. Cheguei em casa à noite e falei sobre isso e que havia pensado em ir para SP bem cedo e ficaria lá matando o tempo até o ultrassom, só para não ter que voltar.... aí a confusão começou.

Ele achou que eu voltaria, eu disse que não via motivo de tanto deslocamento, mas aí ele disse que iria comigo, aí eu vi uma razão, mas era tarde demais, a confusão já havia se iniciado... ele achou que eu deveria ficar por lá porque já havia pensado assim, ai eu tentei explicar que não era assim, pois eu não sabia que mesmo não precisando fazer exames ele iria comigo lá.... e ... uns dez minutos depois, não chegamos a conclusão nenhuma e estou cá chateada... pensando... toda vez que tocamos nesse assunto, gravidez, FIV, tentativas... dá essa merda!!!
Estou completamente chateada hoje. Deixei de ir à academia porque estou com raiva, muita raiva nesta noite.

Fico até pensando como será nosso futuro!!
Como vamos resolver nossos problemas (interrogação)


Friday, October 02, 2015

Meu DEUS. Me casei com a minha mãe.

às vezes eu acho o comportamento do meu marido muito igual ao da minha mãe, veja só o que eu escrevei aqui, é muito igual, e me irrita exatamente da mesma maneira!!!
Não é incrível.
Ok. Já sei que não posso mais comentar as coisas com ele. Eu sei fazer isso, e para mim nem é tanto sacrifício, assim.
Infelizmente, ao fazer isso eu também mudo o modo de me relacionar, ou seja, o papel desempenhado pela pessoa ao meu lado muda.
O companheiro, aquele que deveria estar ao meu lado, não estará mais.
Qual a confiança que vou ter se não posso mais me abrir e contar as coisas que estão passando pela minha cabeça?
Mude algo em um relacionamento, e não mudará apenas uma coisa, a dinâmica também será atingida...
Foi a escolha dele. Eu já vivi muito tempo solitária, e em alguns momentos eu até curti... 

Falando para o vazio!

Hoje eu tive uma confirmação.
TODAS as vezes que eu achava que ele não estava ouvindo, que ele não estava interessado ou que ele não queria ouvir, (como neste dia)... era verdade.
Eu passei horas, se não dias (somando, é claro) falando para o vazio. Falando para o nada...
Que raiva eu tenho de mim mesma.
Muita raiva, mesmo!!! 
Raiva de ter dividido coisas minhas, raiva de perder meu tempo falando para quem não estava interessado. Raiva de ter me aberto, de ter me exposto. 
Estou arrasada. Realmente chateada comigo mesma.
Será o começo do fim?
Ás vezes eu acho que o começo do fim já foi, e que nós já estamos no meio dele...
Por que dividir o mesmo teto com alguém se você não quer conversar, se a convivência já é mínima e, mesmo nestes mínimos momentos, você não quer conversar. Não quer saber como foi seu dia, não quer saber o que a pessoa pensa, o que a aflige, quais são seus anseios? Pra que
Qual o sentido disso?
Por que estamos juntos?


Blindagem emocional

Foi isso que eu ouvi hoje!
Acordamos cedo para a tão esperada consulta da dra. Daniella.
No banho vi mais um pouco de sangue e não resisti.  Limpei com papel e fotografei.

No café da manhã eu não resisti e contei para ele.  Falei que não poderia ter certeza, mas que poderia ser um sinal. Mostrei até a foto que tinha acabado de tirar.

Pegamos o carro e fomos em direção ao consultório.  Via Waze, é claro.  No caminho o celular deu uma travadinha e eu me prontifiquei a arrumar. Fiz do jeito que faço no meu, que vive dando problema. Tentei uma vez, tentei a segunda e ele disse : desliga tudo e faz de novo - bem ríspido comigo. Eu disse: já  está voltando.  Calma. Voltou.

E continuamos no caminho.  Ele SEMPRE fixa tenso no trânsito. Cacete!  Por que nome deixa dirigir, então. Eu não fico. Aí  ele fica tenso comigo dirigindo (ele acha que eu não dirijo bem).

Aí fiquei na minha.. pedi para ligar o ar ou abrir a janela. Ele falou para eu escolher. Liguei o ar bem fraco e logo desliguei o condicionador,  ficando somente o ar mesmo.

Depois de um tempo ele pediu para mudar a temperatura do ar, eu disse que o ar, efetivamente, não estava ligado, que eu só deixei para circular e ele, grosseiramente, me disse que não era isso, era que a temperatura estava um pouco quente, e ele estava com dificuldade de respirar.

Mas isso foi dito rudemente, com tem sido ultimamente. Aí eu fechei a cara e fiquei quieta, não dá para conversar com ele enquanto dirige. Não era assim no passado, mas a paciência dele comigo está realmente chegando ao fim.

No consultório, enquanto esperávamos, conversamos um pouco e eu falei para ele que eu não gostava da maneira como ele estava comigo, sem paciência e ríspido.

Eu disse que entendia tudo que ele tem passado, mas que eu não tenho culpa, e que ele deveria dizer o que ele quer que eu faça nesses momentos, porque eu não aguento ser tratada assim.

Ele me falou: “você não sabe o que eu passo no trabalho, ontem foi uma discussão no início e um no final do dia”. Eu insisti em dizer que entendia tudo isso, mas que eu não tinha culpa e eu não gostava desse modo de ser tratada. E fiquei na minha, quietona.

A Dra. nos chamou, conversamos com ela, contamos nossa história, contei a história da minha família, ela olhou todos os exames, fez um ultrassom e deu seu parecer. Expliquei o que fizemos no ciclo passado e o que aconteceu hoje de manhã.

Ela disse que não havia como saber, mas que poderia, sim, ser um sinal. Não teria como saber e o ultrassom feito nessa fase não mostraria nada, mesmo.

Na hora de irmos embora, perguntamos à secretária qual seria o custo do tratamento, a pessoa responsável não estava, mas ela explicou bem para a gente e deu o folheto. Aí a responsável chegou e ele queria falar com ela, eu disse “por quê”, ele disse que ficaram dúvidas. Eu perguntei quais eram e eu mesma respondi, na verdade a secretária havia esclarecido tudo. Ele, simplesmente, ou não prestou atenção ou não estava com cabeça para isso. Convencido, fomos embora.

Depois ele me disse (vc nunca falou que sua irmã tinha feito FIV). Cacete, de novo!! (Eu contei para ele que ela fez um monte de tratamentos que passou muitos anos nesta tentativa, que ela conseguiu engravidar uma vez e a filha nasceu de sete meses e, quatro horas depois, faleceu. – mas neste momento, eu apenas disse: “não falei? Não te contei que ele tentou pra caramba até conseguir engravidar?? Achei que eu havia te contato”)

No carro, indo embora, eu comentei que depois do ultrassom, quando a Dr. retirou o aparelho do ultrassom, ele também estava com um pouco de sangue, e me falou que não tem como saber, que pode ser um pequeno sangramento depois da ovulação, mas que também poderia ser a nidação. Ele disse: “eu me blindei emocionalmente”

Isso foi foda!! Cara! Eu tive vontade de sair do carro. Me arrependi até o último fio de cabelo de ter contado a ele sobre a nidação e disse isso a ele, com todas as letras. Ele falou, mas você ia falar na frente da médica (a idéia original era não contar a ninguém, mas eu fiquei tão empolgada hoje cedo, que resolvi dividir com ele – me arrependi!!).

Falei também que não queria que ele fosse me buscar no metrô, hoje, que eu voltaria de ônibus. Ele falou “por que isso??” e eu falei que sempre eu quero voltar sozinha, não é só agora. Que eu não gosto que ele fique me trazendo me levando, que gosto de ser independente.

 E assim que ele chegou no metrô eu disse “ Tchau, Bom trabalho” e saí do carro. Sem a menor vontade de voltar para casa.

E no caminho, vim pensando, que eu não tenho ninguém para dividir meus anseios, minhas neuras, minhas inquietações, meus devaneios, absolutamente nada. Ele não tem mais saco de me aturar. Ele não aguenta mais, a cada ciclo, eu falar para ele o que penso, o que senti, o que espero. NADA!!! Eu estou cansada disso. A cada ciclo eu renovo minhas esperanças, digo que não vou ficar me iludindo, mas é inevitável olhar cada possível sinal como um possível sinal, ao invés de simplesmente ignorar e não levar em consideração.

Estou cansada de falar com o nada. Estou cansada de ocupar meu tempo com alguém que não gosta mais de mim, que não quer me entender, que não quer me escutar. Pense, como vou conseguir criar um(a) filho(a) se sendo apenas nós dois já caímos nesta dificuldade tamanha. Hoje eu sinto saudade de quando estava sozinha. Eu não tinha ninguém para dividir tudo aquilo que eu listei acima, mas eu não tinha ninguém mesmo, em compensação eu fazia, simplesmente, tudo o que me dava na telha. Vontade de jantar, jantava. Vontade de rodar por aí, rodava por aí. Vontade de fazer nada, fazia nada. Vontade de ver novela, oba! Novela. Agora eu não posso fazer o que me der na telha, isso não seria um problema se eu tivesse um ombro, alguém para dividir os sonhos.

Desde que ele falou nesse assunto de ter um filho, nós só brigamos. Foi no aniversário dele no ano passado, no restaurante, que ele me pôs na parede para ter um filho. Foi na primeira consulta da Dra. Bianca, que eu não devo esquecer tão cedo uma discussão daquelas proporções pelo motivo que aconteceu. Nos primeiros exames que eu tive que fazer e demorei dois dias para decidir em qual laboratório fazer. Foi na segunda consulta da Dra. Bianca que ele não havia entendido o que ela tinha proposto como tratamento (e eu tinha, neste dia me arrependi, seria melhor ter concordado com o entendimento dele, eu pouparia um estresse em minha vida, mas não, quis insistir que ela havia dito exatamente o que ela havia dito e me fudi!). Cara, eu não aguento o tanto de discussão que a gente teve em torno deste assunto. Era para ser algo para nos unir, não para nos separar... E está nos separando.

Quem quer voltar para casa nestas condições?

Quem tem vontade de encontrar o marido depois de ouvir sobre “blindagem emocional”

Eu estou me blindando emocionalmente, é tanta rispidez, é tanta dificuldade de comunicação e para mim é tanto sofrimento, que, para continuar feliz neste relacionamento, eu é que terei que me blindar emocionalmente. Mas eu não sei se eu quero... Eu gosto de ser emotiva, eu gosto de sentir....

Seria a solução ficar sozinha??

Tuesday, September 08, 2015

Depressão

Hoje eu me sinto deprimida.

Eu não acho que eu sofro de depressão. Nunca achei. Já me vi triste demais, mas nunca acreditei que fosse isso.
E até hoje acho que não, apesar de momentos de grande tristeza minha vida sempre continuou seu curso normal, sempre trabalhei, estudei, fui atrás das coisas. Acho que tristeza e melancolia fazem parte da vida da gente.

Mas hoje estou com pensamento de deprimida.

Hoje, como já disse em outro post, é meu aniversário. Mas não quero comemorar. Não é que eu me negue a ficar mais velha, afinal, isso acontece dia a dia, não é uma vez por ano, que, de repente, a pessoa fica mais velha. Isso é apenas um marcador.

Mas eu pensei: feliz aniversário o caralho!!
Há 41 anos aconteceu uma coisa errada. Eu nasci e estou com ódio dos meus pais por terem me fabricado!!! Ódio, sim.  Há 41 anos e 9 meses uma falha aconteceu... Estou com raiva da vida e só penso na morte.

Morrer. Morrer. Morrer. Meu desejo mais sincero hoje!!

Mais uma vez... Quem não engravida sou eu!!!

Após 14 dias de espera... fiz o teste hoje e deu negativo.

Eu estava cheia de esperanças, de verdade. Com fé mesmo que iria dar certo, mas não deu...

Agora estou triste, arrasada!

E pensando.. e agora?

O que será de nós?

Pensei também no que tem acontecido com a gente.

E, no banho me veio uma luz. Acabou!

Ele não me ama mais. Eu sentia isso há alguns dias, mas não identificava o que era. Hoje, sim. 

Nossas brigas mais frequentes, a irritação dele com um dia de atraso meu para marcar os exames. 

Na primeira consulta eu fui sozinha. Assim que cheguei no escritório liguei para ele. Mas tínhamos outras coisas para resolver, também, como a reforma do apto que estava acontecendo exatamente ao mesmo tempo. Assim que cheguei no escritório eu liguei para ele para conversarmos. O primeiro assunto que tratei foi o do encanador, que era mais rápido, assim eu poderia passar para  seguinte, que era a consulta e um pouco mais demorado. Ele disse "tá, tá" e não me pareceu muito receptivo, aí eu me fechei, disse que a médica tinha pedido alguns exames, e só.

Quando cheguei em casa foi difícil, ele estava bravo comigo, disse que queria saber como tinha sido a consulta e eu nem falei com ele pelo telefone (para mim, era ele que não estava muito interessado em conversar pelo telefone). Expliquei que eu havia decidido falar primeiro sobre o assunto do encanador, que era rápido, assim poderíamos tratar com calma sobre a consulta, mas ele não pareceu receptivo no telefone e resolvei deixar para conversar em casa.

Briga, gritou, falou que ele estava muito ansiosos, queria saber como foi a consulta, etc. etc.

Eu expliquei que a médica disse que meus exames estão bons, que pela minha idade ela esperava até pior. Falou das opções de tratamento para o nosso caso, mas que, pela minha idade ela indicava a FIV. Eu perguntei se havia algum tratamento menos radical e ela me disse que eu poderia fazer a indução de ovulação, com limite de três ciclos. E pediu uma série de exames. Até uma histerossalpingografia. E exames para o marido.

Na segunda consulta, já de posse desses exames, fomos nós dois. Ela analisou os exames e disse que indicaria a FIV para a gente, mas como já havíamos combinado de fazer a indução, prescreveu os remédios e orientou como deviam ser feitos os ultrassons.

Fui ao trabalho. Na volta, ele passou para me pegar no metrô e estava com a cara fechada. Eu tentei conversar com ele. Ele estava realmente bravo. Eu disse que faríamos o que a médica orientou, mas que ela havia dito que indicava a FIV para o nosso caso. E ele me disse: "eu não entendi a médica dizer isso" e eu repeti que ela havia indicado a FIV, mas como havíamos combinado de tentar primeiro a indução, ela manteve o nosso combinado.

Aí o tempo fechou. Ele disse que a médica falou muito rápido, usou um monte de termos que ele não conhecia e parecia que ela só falava comigo, como se ele não estivesse lá.

Ele me deixou na psicóloga. Eu já entrei chorando, triste para caramba e conversei com ela sobre todo esse ocorrido.

Voltei para casa de táxi. Sem a mínima vontade de conversar, de encarar, mesmo.

Mas conversamos e ele pediu para eu ligar para a médica para confirmar se ela havia dito o que entendi. 


No dia seguinte, liguei, ela confirmou (é claro, já que ela tinha mesmo dito aquilo). E eu disse que então faríamos a FIV. Ela explicou que eu deveria fazer um novo exame (histeroscopia) e voltar no consultório para definirmos as datas e ela explicar como seria o procedimento.

Para fazer o exame, esperei um mês, porque tem data certa do dia do ciclo para fazer e eu tinha acabado de passar desta data.

Fiz o exame e voltarmos para o consultório. Marcamos tudo e iniciamos no dia 10/07/15 o tratamento.

Injeções, ultrassom, injeções, untrassom, injeções, ultrassom. Punção.. e transferência.

A tensão entre nós era grande. Cada dia de manhã, uma aplicação (sozinha). O companheirismo que eu tive nesses dias foi zero. 

Agora, lembrando de tudo isso, eu penso. Ele quer ser pai. Eu entendo perfeitamente este desejo. Mas eu ganhei uma carga muito grande. E uma obrigação, já que que não engravida sou eu!!!

Não ele.


 

Saturday, August 08, 2015

Infeliz Aniversário

Hoje é sábado - dia do meu aniversário.

Estou triste (como é normal nesta época).

A FIV não deu certo. Eu fiquei triste, mas não é só isso.

Eu fiquei triste mesmo na quinta-feira, porque achei que não tinha dado certo. Neste dia eu fiquei mal e falei para o meu marido o que eu achava.
Ele falou para eu ligar para a médica e conversar com ela. Eu respondi que não ia adiantar, que a médica me diria que teria que esperar até sexta (o dia seguinte) que eu faria o exame e saberia o resultado.  Quanto aos sintomas, não tem como dizer, pois estou tomando hormônios da gravidez e se confundem com o que está realmente acontecendo com meu corpo.

Aí, brigamos!! Eu não aguento mais brigar com ele.

Ontem, na sexta, quando estávamos voltando do meu trabalho, minha mãe ligou, disse que jantaria fora com meu pai, minha irmã e chamaria as outras tb. Perguntou quando eu queria o bolo, no sábado ou no domingo e conversamos um pouco.
Recebi também um convite da minha irmã para jantarmos no sábado (meu aniversário)...

Falei dos convites para o marido que disse: vamos aguardar o telefonema da Dra, porque se não tiver dado certo, queria ter um tempo só para a gente, são tantos convites, e ainda tem o domingo, que é dia dos pais, devemos ir na casa dos seus... prefiro que a gente almoce lá no domingo, não no sábado.

Eu falei para ele que eu gosto de ir lá no sábado (fazemos isso quase toda semana), que domingo eu não acho legal. E expus minha opinião. Se a resposta da médica for positiva, gostaria de ir na minha mãe no sábado. Caso seja negativa, não vamos dia nenhum...

Ele respondeu que ia pensar e depois conversaríamos sobre isso.

Recebi o telefonema da Dra. assim que chegamos em casa. Ela confirmou que não deu certo. Aí ficamos tristes juntos... mais ou menos juntos, né... nossa situação não está muito legal. 

Então eu mandei uma mensagem para minha mãe, dizendo que não iríamos jantar com eles, que sábado eu não iria na casa dela e domingo também não. 

Escrevi para minha irmã agradecendo o convite, mas que dessa vez não seria possível.

Aí ele ficou bravo comigo. Por que você fez isso
                                           Porque eu disse que se não tivesse dado certo não faríamos nada!

Ficou bravo comigo (com razão, ele disse que depois conversaríamos), mas eu não estava a fim de ir, na verdade eu estava super afim de ir, eu queria ir no sábado (hoje), que minha mãe ia preparara minha batata preferida. E é sábado!! Dia de ir na minha mãe e encontrar minhas irmãs. Ele disse que o único programa que ele queria excluir era o almoço no sábado. Só para me sacanear, né??

Mas eu não estava a fim de ir com ele. Ele ficou chateado, é claro. É um sonho, mas este sonho está virando uma obsessão estamos juntos somente por isso. Se a próxima não der certo, eu vou embora. Vou dar a ele uma oportunidade de encontrar uma mulher mais nova, com condições de dar a ele um filho, caso eu não consiga.

Eu falei à noite, antes de irmos dormir, que eu achava que estávamos juntos só por isso, que não tinha mais sentido. Que tudo que a gente falava (e brigava) há meses era sobre esta questão do filho(a). Ele disse que não e lembrou de algumas vezes que discutimos sobre isso. É lógico que começamos a discutir de novo...

Eu fui dormir chorando. Pensando...

Estou sofrendo horrores com esta coluna. Além da lombar, está começando a me atacar a cervical, a coluna está ficando torta e dolorida. Eu gostaria mesmo de ir atrás de um tratamento, mesmo que fosse a cirurgia para resolver este problema. Mas eu evito falar desse assunto com ele (e olha que eu falo sobre isso, viu? Imagine se eu fosse falar toda vez que me dá vontade...

Ele só pensa nessa história da criança, no sonho de ser pai. Sonho este que não estava definido nos nossos planos quando casamos. Eu me sinto pressionada injustamente quanto a isso.

Eu acho que ele está cansando de mim, eu estou cansando de mim e fico fazendo planos de como abandonar este mundo. Sim, se você, caro leitor, está pensando que eu quero me matar, acho que não deixei dúvidas.

Eu quero ir embora daqui. Estou cansada de sentir dores. Estou cansada de ficar sozinha sentindo essas dores (sozinha eu digo, porque ele não me escuta, ele diminui sempre minha dor, meu problema).

Quando eu ficava no sofá, quase imóvel de tanta dor que eu sentia, ele pouco se abalava. Quando eu andava lentamente, dura igual a um cabo de vassoura, até a respiração eu tentava controlar porque doía, ele olhava para mim como se eu estivesse enrolando por querer.


Ele não sei se ele acredita que eu realmente sofro, que eu acordo todas as madrugadas com dor e não consigo mais voltar a dormir.

Como fazer para irmos atrás dos nossos sonhos? Eu, de uma cura, de um tratamento, de um alívio para estas dores. Ele, atrás da realização do sonho de ser pai. Será que temos que fazer isso separado, para sermos felizes.

Hoje eu não quero ver ninguém, falar com ninguém e principalmente, alguém pode imaginar o quanto vai doer escutar um: "Feliz aniversário"?  Quando, no dia anterior, eu tive que ouvir que temos dificuldade de ter um filho por causa da minha idade?

É, fiquei velha, eu não sonhava em ser mãe, isso nunca foi um problema para mim. Eu sonhava em ser feliz e sempre fiz as coisas que me traziam felicidade. Ou pelo menos, eu sempre fui atrás das coisas que eu acreditava que iriam me trazer felicidade. E acho que por muitos momentos eu acertei. 

Eu casei com ele porque eu acreditava que seria feliz. Ele parecia ser o cara certo para mim. Até há pouco tempo eu realmente acreditava nisso. Hoje, eu não tenho toda essa certeza. Eu não acho que alguém que tenta não ver que eu estou sofrendo, ou que tenta diminuir o tamanho do meu problema (que é realmente sério) me ame verdadeiramente.

Eu não acredito que alguém que briga comigo sempre que eu exponho meus sentimentos me ame verdadeiramente.

Eu entendo que ele está passando por um turbilhão de coisas na vida dele, também. Tem um montão de preocupações, um trabalho estressante, se preocupa com pai e mãe, investe o tempo dele para ajudá-los, como pode, e uma esposa que às vezes sofre demais. Mas esta esposa se esforça para livrar a carga dele. Sem sucesso, mas tenta. Mas também tem sua carga, um trabalho estressante, um trânsito a enfrentar ida e volta todo dia além de dores constantes.

Como fazer para sairmos dessa menos machucados, é possível??Seia possível revertermos esta situação? E ficarmos bem novamente?

O que eu sei é que hoje eu não terei um FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Sunday, August 02, 2015

Não é o que eu quero

Pensando...
Eu não quero morrer.
Mas eu estou sofrendo muito. A dor na minha coluna está acando comigo, com a minha esperança, com meus sonhos, com a minha alegria de viver, com a a minha vontade de fazer as coisas... e com o meu casamento também.

Eu sei que ele não vai aguentar muito mais tempo conviver com alguém que reclama, que todo dia diz: 'estou com dor', 'estou com medo', 'meu pé formiga', 'não estou conseguindo dormir' e por aí vai.
Não é fácil, eu sei. É muito ruim ouvir isso com frequência, mas e eu que sinto a dor quase o tempo todo. Ela está aqui me atormentando constantemente, eu também não aguento muito tempo, mas eu ainda não consegui me separar dela. Agora, para ele se separar de mim, é bem mais fácil e, por mais que eu me esforce, eu não consigo ser uma companhia agradável o tempo tod, tem horas que eu quero morrer, que nada mais me importa, eu acabo não me preocupando em ser uma companhia bacana, na verdade quero que o mundo exploda.

Mas a verdade é que eu não quero morrer, eu quero me livrar desta dor, e esta parece ser a única solução.

Eu penso em todas as coisas que eu gosto, que me dão prazer.
Gosto de ler, de aprender, de sentir quando estou aprendendo, de ler em outras línguas e sentir o prazer imenso que isso me proporciona. Gosto de tocar violão, de fazer exercícios, de ouvir música, de receber e dar carinho, de estar abraçada com meu marido. De sentir o sol na mina pele, do calor,de nadar, de mergulhar, na piscina, no mar, de me arrumar... Se eu for embora, tudo isso será perdido, também.  E eu não quero. De verdade, eu gosto de viver, de estar viva. Por isso eu acho que eu preciso ir em busca de uma solução para aminha dor, não apenas ouvir 'vai passar'. Vai passar quando?? E enquanto não passa?. Fico sofrendo, mesmo?  Eu já estou assim há um ano e três meses. São 39 meses de sofrimento, de agonia, de tortura e ainda não passou.

Eu gostaria que ele ouvisse o quanto isso me tortura e que ele me ajudasse,o fato de estar em acompanhamneto com o fisiatra ele já acha que está solucionado. Mas meu sofrimento continua. Tomei por uns cinco meses um remédio que eu não queria, que não adiantou nada!!mas ele acha que fez diferença, fiz 12 sessões de rolfing, caríssimas, que não me livraram desta dor. A única coisa que me deu alívio foram as injeções, mas foi temporariamente, depois de ums dez dias, tudo voltava, ou seja, este tratamento que estou fazendo não está resolvendo. Ele é paliativo temporário. A academia, sem dúvida ajda a suportar a dor, mas não resolve o problema.

Ou seja, meu problema persiste, e eu tenho a impressão que meu marido não está preocupado com meu bem estar. Ele não se importa que eu sinta dor,ele só me diz 'deita um pouco'. CARALHO!! Eu tenho uma vértebra fora do lugar, três discos abaulados e uma dor fudada!! Deitar é a solução?

Ele faz pouco da minha dor, quando eu digo que não poderei carregar nossa filha no colo, ele acha que eu estou exagerando. Não é exagero!! É sério. Se eu não resolver este problema, eu não terei condições físicas de carregar, de me abaixar, de fazer as coisas que uma mãe de e fazer.

Quando ele diz que me ama, eu penso 'se me ama, porquemeu sofrimento não te incomoda? Por quenão se preocupa comigo'?

Eu acredito que há ou que haverá uma solução para mim. Mas ficar deitada, acreditando nisso eu não acho que ajude. Acho que temos que pesquisar, consultar especialistas, conversar com pessoas, entrar em foruns, ouvir experiências diversas. Assim, eu acredito que encontrarei uma solução, um alivio para a minha dor.

Pesquisar eu posso, mas ir às consultas ou colocar em prática outros tratamentos está fora de cogitação. Por isso eu sofro. E, diante de tão poucas opções, o fim certamente passa a ser uma delas. Mesmo tendo que perder todo o outro lado de coisas que eu adoro, que euprezo e que eu valorizo.

Outra soluçãomseria nos separarmos, assim eu poderia tomar as atitudes que eu quiser, procurar ajuda aonde eu achar que posso encontrar. Sem ter que passar pela aprovação do marido.




FIV

Quinta-feira, foi O dia da punção. Eu estava apreensiva. Na verdade eu senti medo.
Tenho uma insegurança pois minha cabeça tem funcionado a mil nestes quinze dias.
Como a coluna voltou a doer mais nestes dias, passei mais noites em claro. Aí, sem ter o que fazer e sem dormir, a mente vai longe, volta ao passado, lembra das coisas que aconteceram, pensa no que ooderia ter feito de forma diferente...
E eu pensei... Se eu tivesse me separado em 2012 e tomado as providências que eu achava melhor na época? Se eu pudesse fazer os tratamentos que eu havia pesquisado e resolvesse tentar?
O fato de precisar de aprovação fez com que várias opções fossem descartadas, algumas eu nem sequer mencionei porque eu sabia que haveria rejeição à ideia e poderia gerar nova dicussão.
O rolfing mesmo demorou mais de um ano para eu poder fazer.
A impossibilidade de repensar na cirurgia como opção também é algo que me magoa. Eu não sei se esta seria a minha solução, mas eu gostaria de consultar outros médicos e estudar mais sobre isso.

Voltando à FIV. A decisão de termos um filho foi tomada há cerca de um ano e chegamos no meio do tratamento agora. Vamos em frente. Mas eu gostaria de registrar meus medos aqui.

A punção foi tranquila, a anestesia pegou rapidinho e eu dormi. Voltei para o quarto de dormi mais um pouquinho. Depois tomei um cafe da manhã e voltamos para a casa.

No dia seguinte a dra. ligou para contar o resultado.
Depois, uma vez por dia recebia a ligação dela para saber da evolução...

D.0 - Até que terça feira (5 dias depois) chegou o grande e esperado dia.

A transferência foi de um embrião só. Depois da transferência fiquei um tempo deitada e em seguida voltamos para a casa. Passamos o resto do dia em casa, no sofá, eu dormi à tarde.

D.1-Dia seguinte, em casa novamente, muito repouso.... Com direito a janta feita feito marido.

D.2-No outro dia... Vida normal, mas fui para o trabalho de carro, levada pelo marido, tb.
D.3- Outro dia, idem. Jantar na pizzaria, com paps, mams e irmão, além do marido, é claro.
D.4- Sábado, almoço na casa da mãe - foi o dia que eumais senti cólicas, eu confesso que eu gosto de sentir as cólicas, elas passam rápido, mas me dá uma esperança... Ah! Eu tenho feito muito xixi, mais que o normal, e quando a vontade vem, tem que ir logo, não consigo ficar segurando muito tempo.. (Será??)
D.5- Domingo - dia de compras, mas a coluna está doendo muito e bateu um desânimo grande, de novo, as lembranças, as ideias de ir embora mais cedo e a tristez de pensar: 'como vou segurar uma criança'? 'Como vou aguentar o barrigão'? Tantos medos!!! E a cabeça, de novo, arquitetando o plano do fim.

Sunday, July 12, 2015

Insegurança

Estou insegura e confusa.
Esta história da maternidade me enche de medo.O medo mais forte, o principal de tudo isso é a minha coluna, eu morro de medo de não conseguir nem me mexer quando a barriga crescer. Isso me dá desespero e foi por isso que eu adiava esta decisão, até que chegou um momento que ele me colocou na parede.

Eu penso ainda hoje em dia que eu posso dizer: "não ". Se para ficarmos juntos  eu tiver que passar por isso, então não fiquemos mais. Pronto!!

Mas eu gosto dele, ele foi o único homem que passou na minha vida e que eu quis realmente ficar junto, casar. Ele é demais!!!

E nove meses passam. Com sofrimento ou sem, eles passam, e acabam.

E depois... depois é depois. Eu ainda posso resolver o problema da coluna, ele pode se resolver sozinho (é bem pouco provável, mas pode acontecer), eu posso operar, posso descobrir um tratamento novo, principalmente se eu esperar mais um pouco (esses nove meses talvez já sejam este 'pouco').

Então, o que eu vou precisar é de apoio. Será que isso eu vou ter??

Ou eu posso me dar apoio, ser forte e aguardar. Lembrando que dizem que este é um momento mágico para a mulher. Será que eu vou aproveitar assim? Será que vou sentir esta maravilha que falam da gravidez? No momento só tenho olhos para a minha coluna, se eu desviar a atenção, talvez eu possa vivenciar este período com mais alegria.

Mude o foco, querida!!! Seja feliz, tente colocar outas cores na sua vida. Acredite e tudo melhorará.


Um grande beijo!!!

Solidão

Esta é a palavra do dia.

Me sinto assim. Quando falo algo e alguém simplesmente ignora, muda de assunto, não se importa.

Eu tenho dores nas costs e, às vezes, eu comento que está bem ruim. Meu marido arruma uma justificativa como, por exemplo, "quando eu fico muito tempo deitado eu também sinto dor nas costas", ou, "hoje você ficou estressada, trabalhou muito", ou ainda, "foi a academia" e por aí vai.

Isso me deixa completamente irritada!!! Caramba, eu tenho três discos danificados na coluna e uma vértebra deslocada!!! E ele arruma  justificativas para minha dor. Eu tenhoum problema!! Eu quero ajuda, eu quero apoio, eu quero colo e quero compreensão. O que eu recebo: descaso e desinteresse.

Há três anos eu estou com este problema,já fui a vários médicos, fiz um monte de tratamentos e pesquisei, li, li e li sobre o assunto.

Nas consultas, quando o médico usava um termo técnico ou deizia o que achava, eulogi entendia, e meu marido depois da consulta me perguntava: "você entendeu o que o médico disse"? Claro que sim, eu estudei, eu me informei sobre o meu problema.

Ele nunca procurou uma informação sequer. Na verdade a única coisa que ele fez foi pegar o contato de um médico com um colega de trabalho cuja esposa está numa desgraça parecida com a minha. Mais nada!!

Entendo  do que não é fácil perceber que aquela pessoa bonita , saudável, interessante por quem ele se apaixonou, de repente tem um problema sério, apresenta limitações e mudou. É realmente complicado ver que se casou com uma pessoa e agora tem outra na sua casa, convivendo com você. Cadê aquela moça que disse o "sim"? Ela já não mora mais aqui, pior, ela não existe mais.... Não é fácil se deparar com esta realidade. Também não é fácil para mim me deparar com esta realidade. Eu não posso me separar de mim (até posso, né), mas ele não tem a obrigação de ficar comigo e passar por isso e eu já disse que ele pode  me deixar, ninguém tem a obrigação de conviver com outro...

Hoje em dia vai comigo às consultas, mas quando eu estava na pior crise, eu é que tinha que me virar, sozinha.

Senana passada senti meu pé formigar e fiquei preocupada. Falei iisso para ele e eleme ignorou.

Esta semana, senti de novo e expliquei que eu estava preocupada com isso, pois já fiz uma eletroneuromiografia e deu perda de força permanente na perda esquerda. São sequelas irreversíveis, e agora votou o formigamento. Eu receio que haja um dano maior ao nervo. Ele disse "tudobem".

Eu perguntei "tudo bem???", "eu posso ficar assim e tudo bem?". Olha o descaso!

Estou indignada. Tudo que meu marido quer agora é ser pai. Eu estou fazendo tratamento para realizar o sonho dele. Mas eu não sei se serei mãe ao lado dele. Não sei se darei conta de lidar com este tormento que são as dores que sinto na coluna, porque às vezes eu tenho vontade de ir embora deste mundo só por causa destas dores, imagine além das dores ter que pegar criança, amamentar, trocar fralda, trabalhar, fazer janta, etc.. E além disso não ter com quem contar para um apoio moral e compreensão.

Eu gostaria de ter operado a coluna. Eu sei que não há garantia de nada, mas seria uma tentativa válida após tanto tempo em outros tratamentos, com uma faixa pequena de sucesso e muitas noites maldormidas com dores. Isso é assunto proibido em casa. Ele não pode ouvir falar disso que o asunto é cortado (mas isso está virando rotina, ele não gosta de quase nada que eu falo).

Acho que ele está se cansando de mim. A única cois que nos mantém unidos hoje é este sonho de ter um/a filho/a, que eu estou embarcando com ele, temendo pela minha saúde e pelo meu futuro.

Às vezes eu desejo ir embora deste mundo...