Sunday, August 02, 2015

Não é o que eu quero

Pensando...
Eu não quero morrer.
Mas eu estou sofrendo muito. A dor na minha coluna está acando comigo, com a minha esperança, com meus sonhos, com a minha alegria de viver, com a a minha vontade de fazer as coisas... e com o meu casamento também.

Eu sei que ele não vai aguentar muito mais tempo conviver com alguém que reclama, que todo dia diz: 'estou com dor', 'estou com medo', 'meu pé formiga', 'não estou conseguindo dormir' e por aí vai.
Não é fácil, eu sei. É muito ruim ouvir isso com frequência, mas e eu que sinto a dor quase o tempo todo. Ela está aqui me atormentando constantemente, eu também não aguento muito tempo, mas eu ainda não consegui me separar dela. Agora, para ele se separar de mim, é bem mais fácil e, por mais que eu me esforce, eu não consigo ser uma companhia agradável o tempo tod, tem horas que eu quero morrer, que nada mais me importa, eu acabo não me preocupando em ser uma companhia bacana, na verdade quero que o mundo exploda.

Mas a verdade é que eu não quero morrer, eu quero me livrar desta dor, e esta parece ser a única solução.

Eu penso em todas as coisas que eu gosto, que me dão prazer.
Gosto de ler, de aprender, de sentir quando estou aprendendo, de ler em outras línguas e sentir o prazer imenso que isso me proporciona. Gosto de tocar violão, de fazer exercícios, de ouvir música, de receber e dar carinho, de estar abraçada com meu marido. De sentir o sol na mina pele, do calor,de nadar, de mergulhar, na piscina, no mar, de me arrumar... Se eu for embora, tudo isso será perdido, também.  E eu não quero. De verdade, eu gosto de viver, de estar viva. Por isso eu acho que eu preciso ir em busca de uma solução para aminha dor, não apenas ouvir 'vai passar'. Vai passar quando?? E enquanto não passa?. Fico sofrendo, mesmo?  Eu já estou assim há um ano e três meses. São 39 meses de sofrimento, de agonia, de tortura e ainda não passou.

Eu gostaria que ele ouvisse o quanto isso me tortura e que ele me ajudasse,o fato de estar em acompanhamneto com o fisiatra ele já acha que está solucionado. Mas meu sofrimento continua. Tomei por uns cinco meses um remédio que eu não queria, que não adiantou nada!!mas ele acha que fez diferença, fiz 12 sessões de rolfing, caríssimas, que não me livraram desta dor. A única coisa que me deu alívio foram as injeções, mas foi temporariamente, depois de ums dez dias, tudo voltava, ou seja, este tratamento que estou fazendo não está resolvendo. Ele é paliativo temporário. A academia, sem dúvida ajda a suportar a dor, mas não resolve o problema.

Ou seja, meu problema persiste, e eu tenho a impressão que meu marido não está preocupado com meu bem estar. Ele não se importa que eu sinta dor,ele só me diz 'deita um pouco'. CARALHO!! Eu tenho uma vértebra fora do lugar, três discos abaulados e uma dor fudada!! Deitar é a solução?

Ele faz pouco da minha dor, quando eu digo que não poderei carregar nossa filha no colo, ele acha que eu estou exagerando. Não é exagero!! É sério. Se eu não resolver este problema, eu não terei condições físicas de carregar, de me abaixar, de fazer as coisas que uma mãe de e fazer.

Quando ele diz que me ama, eu penso 'se me ama, porquemeu sofrimento não te incomoda? Por quenão se preocupa comigo'?

Eu acredito que há ou que haverá uma solução para mim. Mas ficar deitada, acreditando nisso eu não acho que ajude. Acho que temos que pesquisar, consultar especialistas, conversar com pessoas, entrar em foruns, ouvir experiências diversas. Assim, eu acredito que encontrarei uma solução, um alivio para a minha dor.

Pesquisar eu posso, mas ir às consultas ou colocar em prática outros tratamentos está fora de cogitação. Por isso eu sofro. E, diante de tão poucas opções, o fim certamente passa a ser uma delas. Mesmo tendo que perder todo o outro lado de coisas que eu adoro, que euprezo e que eu valorizo.

Outra soluçãomseria nos separarmos, assim eu poderia tomar as atitudes que eu quiser, procurar ajuda aonde eu achar que posso encontrar. Sem ter que passar pela aprovação do marido.




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