Sunday, November 09, 2008

O verdadeiro fim

Ligação do Daniel às quatro da tarde, dizendo que tinha que levar o chefe ao aeroporto e que chegaria em cima do hora no show, que era melhor nos encontrarmos lá. Cheguei bem na hora e esperei, não podia entrar porque estava com o ingresso dele. Ele chegou bem na hora do 3o. sinal, mas quis passar no wc e me disse para entrar (eu queria guardar nossos lugares porque depois do início do show quem sentou sentou, quem não sentou, fica com o que sobrou).

Entrei e lá estavam os lugares, nos esperando... Sentei e...nada d'ele aparecer. Achei estranho, pensei que ele pudesse estar me esperando lá fora, sei lá. Mandei mensagem dizendo que estava preocupada, que ele não chegava e recebi a resposta 'não se preocupe, estou vendo o show'. Pois assisti o show feliz (afinal, é o show do Lô, cheio de músicas antigas. Ótimo), mas também triste, pois, desta vez que achei que ia ter companhia, mas não, mais uma vez, sozinha.

Acabado o show, ao encontrá-lo recebi um beijo no rosto (estranho). Fomos ao El Kabong, ele no carro dele, eu no meu. Eu estava seguindo-o, mas passou no vermelho e eu fiquei para trás. Claro que me perdi (sempre em SP), demorei mas cheguei.

Conversamos no balcão, ele fumando... fomos a uma mesa. Sentamos lado a lado, pedimos quesadillas, bebemos chopp, nos beijamos (aí a coisa melhorou um pouco), mas reparei que sempre que ele fala, não olha para mim. Se não fala, consegue olhar. Isso é um mau sinal. Mas segui em frente.

Saímos de lá, deixei o carro numa rua e ele me levou para o escritório dele (tinha que deixar o carro do patrão lá), estando lá, sozinhos, beijo vai, beijo vem... no tapete da salinha de recepção... roupa a menos, vontades, eu não estava me aguentando (mas como era um dia um tanto quanto impróprio...), começou a ficar difícil me segurar. Ia falar para ele, mas não sabia bem como. Pedi para ele olhar para mim. Não olhou, ficou com os olhos fechados. Pedi novamente, não olhou, me bateu um desespero lembrei do Geraldinho, das palavras do Guco e me levantei, coloquei a roupa, tomei água e disse que ia embora (com a cara fechada. Não queria, mas não pude me conter).

Ele perguntou se havia acontecido algo. Eu não posso culpá-lo por isso. Ele estava fazendo a parte dele, nunca disse que gostava de mim. Disse que eu estava gostosa ontem, o que é bem diferente.

Não posso dizer que ele tem que olhar para mim. Não quer olhar, não olha. Cabe a mim resolver se quero ou não quero ficar com alguém assim. E eu não quero. Quero alguém que goste de mim, que me olhe e que me admire. E que queira estar comigo, não simplesmente com uma mulher.

Disse que ia para o carro andando, sozinha. Ele quis me acompanhar, eu disse então que o levaria até o carro dele (o do chefe ia ficar lá no escritório mesmo). Me perguntou se eu queria dizer algo quando pedi para olhar para mim. Pensei, respirei, disse que sim. Falei o que era, bem sem graça, mas falei.

Deixei-o na frente da casa do patrão, ele entrou no carro e... fomos embora, cada um para o seu lado.

Voltei para casa pensando no que havia passado. Com uma certa raiva de mim, por ser assim, um tanto intempestiva. Mas satisfeita por ter enxergado o que ele representa para mim, e o que demosnstra querer de mim.

Mais uma página a ser virada na minha vida... mais uma história finita.

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